A imagem mostra uma mesa redonda em uma sala de aula ou conferência na Universidade de Brasília, especificamente na Faculdade de Ciências da Saúde. Seis pessoas estão sentadas atrás de uma mesa comprida com toalha verde. À esquerda, uma mulher de óculos com cabelo curto e camisa quadriculada observa atentamente. Ao lado dela, um homem de barba e cabelo raspado usa um laptop. No centro, uma mulher de cabelo castanho claro fala gesticulando com as mãos. À direita dela, um homem de cabelo curto e barba observa, seguido por outro homem com camisa clara e barba, que também usa um laptop. À extrema direita, uma mulher de cabelo curto e óculos está sentada, parecendo atenta à discussão. Atrás dos palestrantes há uma tela de projeção azul, indicando que o projetor está ligado mas sem conteúdo exibido. A mesa tem um painel com o logotipo e o nome "Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade de Brasília".

Avaliação integra ações do Novo Viver sem Limite, que está avançando pelos territórios | Divulgação / SNDPD

Representantes da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (SNDPD/MDHC) e do Ministério da Saúde se reuniram para discutir estratégias de implementação da Avaliação Biopsicossocial no Sistema Único de Saúde (SUS). O encontro, realizado em Brasília na segunda-feira (13/5), teve como foco principal organizar o fluxo operacional e promover a internalização desse processo nos territórios, visando melhorar o acesso das pessoas com deficiência às políticas públicas.  

O Sistema Nacional de Avaliação Unificada da Deficiência (SISNADEF) tem o objetivo de unificar o processo de avaliação e certificação da condição de deficiência para o acesso às políticas públicas e benefícios sociais. O mecanismo utilizado para essa avaliação será o Instrumento de Funcionalidade Brasileiro Modificado (IFBrM), já validado cientificamente pela Universidade de Brasília (UNB) e politicamente pelo Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade), que será aplicável a todos os tipos de impedimentos, em conformidade com as diretrizes da Lei Brasileira de Inclusão.  

As principais ações estruturantes para o SISNADEF incluem a formação de um Comitê Gestor Nacional, o desenvolvimento de um sistema tecnológico integrado as bases de dados oficiais do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e CadÚnico, a implementação de uma rede de formação e habilitação sob a perspectiva biopsicossocial e a criação de um sistema de rede integrada de serviços com equipes avaliadoras qualificadas.  

Durante o encontro, os participantes discutiram sobre os projetos-piloto nos estados do Piauí, Bahia e Ceará, em parceria com intuições locais, a Fiocruz Brasília e o Banco Mundial, que visam avaliar o impacto da aplicabilidade do IFBrM e a implementação do SISNADEF. A diretora dos Direitos da Pessoa com Deficiência da SNDPD, Naira Gaspar, enfatizou a importância da avaliação para garantir o acesso aos direitos como base para políticas de equidade.   

“Essa reunião é importante porque existe a necessidade de territorialização e capilarização da Avaliação Biopsicossocial, ressaltando sua implementação nos territórios, especialmente por meio da atenção primária à saúde, que é conduzida pelas equipes da atenção primária que conhecem a realidade da população”, disse.   

A Avaliação Biopsicossocial Unificada da Deficiência é uma das ações estruturantes do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, conhecido como Novo Viver sem Limite, lançado pelo governo federal em novembro de 2023. A avaliação tem por base os resultados do Grupo de Trabalho estabelecido pelo Decreto nº 11.487, de 10 abril de 2023.

Texto: Michelle Catarine Machado