A imagem mostra um evento ao ar livre em um palco. Há três pessoas presentes. À esquerda, uma mulher de cabelo vermelho e vestindo um conjunto azul está de pé ao lado de um púlpito com um microfone. No centro, uma mulher em uma cadeira de rodas motorizada está sorrindo. Ela usa um vestido estampado. À direita, um homem de terno está em pé atrás de um microfone, parecendo estar falando ou prestes a falar. Ao fundo, há uma bandeira azul e uma bandeira verde e branca. O cenário inclui um céu parcialmente nublado e alguns edifícios ao longe.
Secretária participou do evento realizado por Serra Leoa, na área externa à sede das Nações Unidas, em Nova Iorque (Foto: Isabel Carvalho - Ascom/MDHC)

Anna Paula Feminella, secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, discursou em um evento paralelo à Conferência dos Estados Partes da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (COSP17), em Nova Iorque. A agenda intitulada “Ilimitado! Uma demonstração de talento além das deficiências” foi realizada, nesta quarta-feira (12), pelo Ministério do Bem-Estar Social da República de Serra Leoa.

Em sua fala, a gestora enfatizou o direito à cultura como um direito humano. Dessa forma, segundo ela, o exercício desse direito deve ser garantido, em sua plenitude, a todas as pessoas com deficiência. Feminella frisou ainda a importância de assegurar a acessibilidade cultural e incluir pessoas com deficiência na produção cultural. “Estamos trabalhando – de forma conjunta – com o Ministério da Cultura para promover o protagonismo das pessoas com deficiência e construir uma cultura que se consolide com base no anticapacitismo”, declarou.

Acerca do trabalho realizado no Brasil, a secretária detalhou os objetivos da implementação do Plano Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Novo Viver sem Limite. “O plano visa construir capacidades estatais de promover os direitos da pessoa com deficiência. Está prevista uma revisão anual, institucionalizando a governança pública com participação social. A ideia principal é desnaturalizar práticas discriminatórias”, ressaltou Feminella.

Participação da sociedade civil

Pela primeira vez no passado recente, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) selecionou organizações da sociedade civil para fazer parte da delegação brasileira na COSP por meio de um edital de seleção e não por convite direto. A modalidade promoveu mais legitimidade, engajamento e representatividade à comitiva liderada pela secretária nacional para debater os direitos das pessoas com deficiência na Convenção realizada pela ONU.

Carlos Maciel, representante do coletivo de trabalhadores e trabalhadoras com deficiência da CUT (Central Única dos Trabalhadores) foi um dos integrantes selecionados para a delegação. “Esse é um ganho muito grande para os brasileiros que têm algum tipo de deficiência e um momento também de conhecer políticas que estão sendo desenvolvidas no mundo todo relacionadas a essa população”, celebrou o participante.

O diretor da Associação de Pais e Amigos de Pessoas com Deficiência de Funcionários do Banco do Brasil e da Comunidade (APABB), Francisco Djalma de Oliveira, se disse orgulhoso da oportunidade de participar de um evento internacional sobre a temática. “Essa Conferência dos Estados Partes é o principal evento relacionado a este tema; por isso, esse é um momento de extrema relevância, tanto para nós atualizarmos a nossa atuação quanto para interagirmos com delegados do mundo inteiro”, revelou.

Texto: C.M.

Edição: B.N.

Revisão: A.O.