A imagem mostra sete pessoas em um painel ou discussão formal, sentadas em poltronas brancas em um palco. Há bandeiras ao fundo e uma mesa de centro com flores. Uma mulher fala enquanto os outros escutam. O ambiente é um auditório ou sala de conferências.
Implementação da Avaliação Biopsicossocial foi destaque do evento como uma medida para assegurar a equidade e acessibilidade no mercado de trabalho e em concursos públicos | Foto: Ronaldo Almeida

A Avaliação Biopsicossocial Unificada da Deficiência foi destaque no 21º Congresso Nacional da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), evento que reuniu médicos do Brasil e do exterior. Representante do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), a diretora dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Naira Gaspar, apontou, nessa terça-feira (1º), a importância de o país adotar um modelo de avaliação mais amplo e justo, considerando não apenas o impedimento, mas também as barreiras do ambiente.

“É essencial que as pessoas com deficiência sejam vistas além de suas limitações. Desta forma, podemos construir um país com mais inclusão, também, no mercado de trabalho”, afirmou a gestora ao explicar que o governo federal atua na implementação de um novo sistema de avaliação unificado da deficiência.

Naira Gaspar falou também do impacto da novo modelo nos concursos públicos e no mercado de trabalho. “Por que no mundo do trabalho ainda somos minoria?”, questionou. “Com a implementação dessa avaliação, será possível adequar os postos de trabalho para garantir a inclusão plena das pessoas com deficiência, mapeando as barreiras que a pessoa com deficiência enfrenta, permitindo que as políticas públicas sejam desenvolvidas com o objetivo de facilitar o acesso e permanência no mercado de trabalho”, acrescentou.

Avaliação Biopsicossocial

Lançada pelo governo federal, a Avaliação Biopsicossocial integra o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência e visa simplificar o processo de certificação, emitindo um documento único válido em todo o país, facilitando o acesso a direitos e benefícios.

No evento, que contou também com a participação de Lailah Vasconcelos de Oliveira Vilela (MG) e Renata Figueiredo (DF), especialistas sobre o tema, Naira Gaspar falou sobre a transparência no processo de avaliação. “Para o cidadão, isso reduz a burocracia e oferece uma avaliação mais abrangente, considerando os aspectos biológicos, psicológicos e sociais. Para o Estado, a iniciativa traz eficiência administrativa, otimiza recursos e promove maior transparência, além de alinhar o Brasil com os compromissos internacionais de direitos humanos”, finalizou Naira Gaspar.

Texto: M.C.M./T.A
Edição: R.D.