A imagem horizontal registra a secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Anna Paula Feminella, segurando um microfone com um olhar direcionado para um público. Ela parece gesticular com as mãos, está com uma blusa vermelha, é uma mulher branca, cadeirante e usa o cabelo na altura dos ombros. Ao fundo da imagem, aparece um telão com fundo branco escrito nas cores azul e vermelho: Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência. No canto esquerdo da imagem aparece um homem de costas, sentado, que parece ser responsável pela organização do evento e que trabalha na mesa de som do evento.
Formulário com contribuições, elaborado pela Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, pode ser preenchido virtualmente até o dia 30 de abril. Medida integra pacote de ações do Novo Viver sem Limite, plano nacional que tem como objetivos garantir mais dignidade, promover direitos e ampliar acessos para as pessoas com deficiência em todo território nacional | Foto: Divulgação / SNDPD

A Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNDPD), estrutura ligada ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), recebe até o próximo dia 30 de abril contribuições para a elaboração do Programa de Formação de Lideranças para Defesa dos Direitos de Pessoas com Deficiência. A medida integra o amplo de pacote de ações previstas do Novo Viver sem Limite, plano nacional que tem como objetivos garantir mais dignidade, promover direitos e ampliar acessos para as pessoas com deficiência em todo território nacional. 

Com a iniciativa, a SNDPD pretende receber sugestões de conteúdos a respeito das diretrizes da Convenção Internacional sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência. Para contribuir com a proposição de temas que serão trabalhados no programa de formação, os interessados devem preencher o formulário disponível em https://forms.office.com/r/efGS4Uvbgc 

A secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Anna Paula Feminella, explica que a medida visa garantir ampla participação nas decisões relativas aos programas e às políticas dedicadas à promoção de direitos das pessoas com deficiência. “No eixo de combate ao capacitismo e à violência do Novo Viver sem Limite, está previsto o Programa de Formação de Lideranças com Deficiência. Essa iniciativa visa formar 4,5 mil lideranças para atuarem na defesa de direitos humanos das pessoas com deficiência nos territórios”, detalha a gestora. 

Ao preencher o formulário, os interessados devem informar os dados pessoais, como nome, identidade de gênero e e-mail, e especificar se vivem espaços urbanos ou rurais ou em comunidades ribeirinhas, indígenas ou quilombolas. Os participantes devem informar também se vivem com deficiência e estão vinculados a movimentos sociais das pessoas com deficiência, institutos de pesquisa, órgãos governamentais ou conselhos de direitos das pessoas com deficiência. Por fim, os interessados devem incluir sugestões de temática e de conteúdos para compor o Programa de Formação de Lideranças Defensoras de Direitos da Pessoa com Deficiência. 

Novo Viver sem Limite 

A ação faz parte do Novo Viver sem Limite, que prevê R$ 6,5 bilhões de investimentos para garantir mais dignidade às pessoas com deficiência, suas famílias e comunidades em todo território nacional. A proposta atual prioriza ações para aprimorar a gestão pública e garantir recursos para gerar oportunidades de desenvolvimento regional de forma sustentável e inclusiva para as pessoas com deficiência. Lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em novembro do ano passado, 12 de 95 ações já foram concluídas. 

O plano nacional é dividido em quatro eixos de atuação: gestão inclusiva e participativa; enfretamento à violência e ao capacitismo; acessibilidade e tecnologia assistiva; e promoção do direito à educação, à assistência social, à saúde e aos demais direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais. Entre as ações já concluídas estão o reajuste de 35% no valor do custeio dos Centros Especializados em Reabilitação (CERs), que disponibilizam serviços de reabilitação física, visual, auditiva e intelectual nos estados, e a revisão da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Pessoa com Deficiência (PNAISPD). 

A partir do planejamento e implementação das políticas públicas e das coalizões intersetoriais, o governo brasileiro viabilizou, em poucos meses, outras inciativas que garantiram o aumento de vagas para pessoas com deficiência no Concurso Nacional da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e o reconhecimento de 82 iniciativas culturais idealizadas por e para pessoas com deficiência, através Prêmio Sergio Mamberti promovido pelo Ministério da Cultura (MinC).

Texto: T.A.