Cinco pessoas sentadas em mesa de cerimônia, uma fala ao microfone; tela exibe evento de acessibilidade.

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) participou, nesta sexta-feira (17, da formação sobre gestão e práticas institucionais de acessibilidade, promovida pela Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A atividade, organizada pela Coordenadoria de Acessibilidade, teve como objetivo qualificar gestoras e gestores da universidade para o fortalecimento das políticas de inclusão e a consolidação de ações que assegurem os direitos das pessoas com deficiência no ambiente acadêmico.

Durante o evento, a secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Anna Paula Feminella, destacou a importância de promover uma mudança efetiva na cultura organizacional das instituições públicas e privadas, visando consolidar uma cultura de inclusão e respeito à diversidade.

“Transformar uma cultura organizacional não é nada trivial e não é algo que se resolve por decreto ou portaria. É um processo contínuo, que se efetiva no cotidiano, com a presença e a participação de todas as pessoas. A inclusão se constrói na convivência, que muitas vezes é desafiadora, mas necessária para romper tabus e superar a invisibilidade das pessoas com deficiência”, afirmou Feminella.

A gestora ressaltou ainda que a transformação cultural requer compreender a deficiência não como um problema individual, mas como uma questão social que demanda compromisso e responsabilidade coletiva.

“Apesar de representarmos cerca de 15% da população mundial, as pessoas com deficiência ainda enfrentam inúmeras barreiras que limitam sua plena participação na sociedade. Mudar essa realidade exige um compromisso diário de não criar novas barreiras, mas de ampliar espaços, oportunidades e visibilidades”, completou.

Compromissos

O reitor da UFPR, Marcos Sunye, afirmou que o compromisso da gestão com a acessibilidade vai muito além das obras e adaptações estruturais.

“Estamos falando não apenas de eliminar barreiras físicas, mas também de transformar atitudes, linguagens e práticas institucionais. A acessibilidade precisa estar presente em todas as dimensões da universidade: da infraestrutura às relações humanas. O projeto de adaptação do nosso teatro histórico é um símbolo desse movimento, mas o que buscamos, de fato, é uma cultura universitária mais sensível, inclusiva e comprometida com o direito de todos à participação plena”, destacou.

Já a vice-reitora da instituição, Camila Fachin, ressaltou que a construção de uma universidade mais inclusiva exige o envolvimento e o compromisso de toda a comunidade acadêmica.

“A universidade pública precisa ser o espaço onde a diversidade não apenas existe, mas é reconhecida e valorizada. Falar de acessibilidade e inclusão é falar de democracia, de participação e de justiça social. É garantir que cada estudante, servidor ou professor tenha condições reais de pertencer, aprender e contribuir”, ressaltou.

Texto: T.A. / M.C.M.
Edição: G.O.