A imagem mostra um ambiente com várias pessoas. Em primeiro plano, à direita, há um homem de óculos escuros, cabelo grisalho penteado para trás, vestindo um terno azul e gravata vermelha com bolinhas brancas. Ele está sentado em frente a um computador, olhando para a tela. No fundo, há quatro pessoas em pé, duas mulheres e dois homens. A mulher à esquerda está vestindo uma blusa branca, a mulher ao lado dela está de vestido rosa, o homem ao lado dela veste um blazer bege e o último homem, à direita, veste um blazer azul escuro. Eles parecem estar observando ou participando de uma atividade no escritório. A sala tem paredes brancas e há um grande monitor de televisão na parede à esquerda.

Curso teve o objetivo de capacitar gestores sobre uso do principal sistema utilizado na administração pública federal para aprimorar a gestão documental e facilitar o acesso de servidores e cidadãos às informações institucionais

A Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNDPD/MDHC) e a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) promoveram, na última semana, o curso do Sistema Eletrônico de Informações (SEI) para pessoas com deficiência visual que atuam no serviço público. A primeira edição da formação foi encerrada na sexta-feira (16/8) e contou com a participação de gestores de seis órgãos públicos.

A secretária nacional Anna Paula Feminella explica que a capacitação teve o objetivo de garantir mais autonomia para as pessoas com deficiência visual no desenvolvimento de suas atividades diárias. “Com a formação, estamos garantindo o acesso de servidores às informações institucionais, ampliando a inclusão e propiciando celeridade, segurança e economicidade nos processos administrativos”, afirma.

A capacitação foi ministrada pelo professor Clodoaldo Leandro da Silva, pessoa com deficiência que desenvolveu uma metodologia que torna o SEI, principal sistema utilizado na administração pública federal para aprimorar a gestão documental, mais acessível.

Durante o encerramento do curso, a presidente da ENAP, Betânia Lemos, explicou que o curso se insere dentro de um programa de tornar a escola mais inclusiva. “Desde o ano passado, estamos promovendo formações específicas para mulheres, pessoas negras, indígenas e para as pessoas com deficiência. Estamos adaptando os nossos espaços para que eles sejam mais acessíveis a todas as diversidades”, ressaltou.

Participantes

Participante do processo formativo, o diretor de Relações Institucionais da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNDPD/MDHC), Antônio José Ferreira, destacou a importância do compartilhamento de técnicas para tornar o SEI cada vez mais acessível. “A capacitação garante que as pessoas com deficiência visual possam desenvolver suas habilidades. Muitas vezes nós não somos produtivos como podemos ser porque não temos acesso às ferramentas adequadas”, lembrou.

Analista no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), João Felix, reforçou que aplicará o conhecimento no dia a dia. “Aprendemos técnicas e atalhos que vão garantir mais independência em nossas rotinas. No meu caso, antes do curso, contava com a ajuda de uma estagiária. Agora, no entanto, terei acesso às informações de forma mais autônoma”, detalhou.

O evento contou com a participação de servidores do MDHC, TJDFT, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), Polícia Federal e do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O curso teve início no última dia 12 e contou com uma carga horária de 20 horas.

Texto: M.C.M.
Foto: Thiago Araújo