A imagem mostra quatro pessoas sentadas em cadeiras em um palco durante um evento. Da esquerda para a direita, a primeira pessoa é uma mulher de cabelo castanho, vestindo uma camiseta branca com um desenho colorido e calça preta. A segunda pessoa é um homem jovem, de óculos, vestindo um terno azul e gravata vermelha. A terceira pessoa é uma mulher de cabelo castanho claro, vestindo um vestido branco com detalhes em azul e preto. A quarta pessoa é uma mulher negra, de cabelo crespo, vestindo um vestido azul escuro. Todas as pessoas estão sentadas em cadeiras de cor clara, e há mesas pequenas ao lado de algumas delas com microfones. No fundo, há um banner com o texto "I Encontro Nacional da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência". À direita, há o logotipo do evento "Saúde Sem Limite" e os logotipos do Brasil, SUS e Ministério da Saúde.
Gestores dos ministérios dos Direitos Humanos e da Cidadania e da Saúde defenderam abordagem interdisciplinar para além do diagnóstico médico

A Avaliação Biopsicossocial e o cuidado das pessoas com deficiência foram destaques, nesta quarta-feira (18), em seminário de atenção especializada do Sistema Único da Saúde (SUS). Gestores dos ministérios dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e da Saúde (MS) defenderam uma abordagem interdisciplinar no cuidado às pessoas com deficiência para além do diagnóstico médico.

Naira Gaspar, diretora de Direitos da Pessoa com Deficiência da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, destacou a necessidade do cuidado desse público a partir da interseccionalidade. “As relações de gênero, raça, classe e deficiência também precisam ser levadas em conta durante o acesso aos serviços públicos de saúde”, observou a gestora ao informar que, atualmente, o MDHC trabalha na implementação do novo sistema de Avaliação Biopsicossocial Unificada da Deficiência, com estudos iniciais no Piauí e na Bahia.

“Para superar esse modelo médico da deficiência, o Governo Federal desenvolve um sistema de avaliação da deficiência, com a emissão de um certificado único válido em todo país. O objetivo é construir um modelo mais justo e equitativo para que pessoas com deficiência sejam verdadeiramente beneficiadas por um olhar coletivo, ampliando o acesso às políticas públicas previstas em lei”, acrescentou Naira Gaspar.

O representante da Associação Nacional para Inclusão das Pessoas Autistas, Artur Ataide Ferreira Garcia, pregou a necessidade de flexibilização dos métodos de avaliação da deficiência. “O foco deve estar sempre no cuidado interdisciplinar que reconheça as pessoas com deficiência como sujeitos de direito, e não apenas como pacientes, garantindo que suas necessidades sejam atendidas de forma abrangente”, ressaltou.

A atividade com a participação dos Direitos Humanos discutiu o enfrentamento ao capacitismo no SUS e a estratégia para o cuidado. O evento debateu o financiamento da rede de atenção especializada e a importância de um acompanhamento contínuo para garantir a integralidade do atendimento das pessoas com deficiência.

Texto: M.C.M. e T.A.
Edição: B.N.
Revisão: A.O.