A AgSUS vai qualificar mais de 3 mil médicos e médicas bolsistas para atender pessoas com deficiência e suas famílias no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS). O curso “UBS Acessível e Inclusiva: curso básico sobre acesso de pessoas com deficiência à APS” será realizado em parceria com o Observatório Deficiência, da Universidade de Brasília (UnB), do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania e a colaboração de professores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
O lançamento oficial do curso ocorreu nesta segunda-feira (18), em live com a participação do diretor-presidente da AgSUS, André Longo, da diretora de Atenção Integral à Saúde da Agência, Luciana Maciel, da ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, da secretária Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Ana Paula Feminella, do diretor de Relações Institucionais da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antonio José Ferreira, e da decana de Extensão da UnB, Janaína Soares Oliveira, entre outras autoridades.
O curso, que será realizado de 24 de fevereiro a 4 de abril, terá carga horária de 30 horas, que incluem videoaulas, bibliografia complementar, exercícios e acompanhamento tutorial. A capacitação faz parte do Plano Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência — Novo Viver Sem Limite, que busca garantir mais dignidade e acesso a direitos para pessoas com deficiência, suas famílias e comunidades em todo o país.
“Além de mobilizar investimentos históricos e esforços interministeriais, o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência estabelece parcerias institucionais, como neste caso da AgSUS, que permitem, por exemplo, a capacitação de médicos e médicas, assegurando que as Unidades Básicas de Saúde estejam preparadas atender às nossas especificidades. É nessa direção que o Novo Viver sem Limite avança para garantir mais dignidade às pessoas com deficiência”, pontuou o diretor Antônio José.
Para a secretária Ana Paula Feminella, o lançamento do curso é um marco na construção de políticas públicas voltadas à formação de profissionais em saúde com foco na inclusão das pessoas com deficiência como sujeitos de direitos. “É uma oportunidade do governo federal garantir que mais médicos e médicas sejam capacitados com esse conteúdo, muitas vezes não presente nos currículos das graduações, da formação profissional. O curso representa um avanço significativo para que a gente altere a cultura das nossas organizações e torne a APS mais acessível e inclusiva”, apontou.
“Este curso é uma iniciativa inédita e uma oportunidade para contribuirmos para um SUS mais inclusivo e acessível e também para capacitar nossos médicos e médicas”, destacou André Longo. “Temos um expectativa muito grande de que essa capacitação seja bastante proveitosa e que possamos, em breve, estendê-la a todo um conjunto de trabalhadores e profissionais de saúde.”
“É uma honra para nós, principalmente por saber que temos muito trabalho a fazer. Nessa troca, espero que a gente consiga também crescer muito mais, porque sabemos que quem mais aprende é o que ensina. Vamos cumprir com essa missão com bastante determinação e estamos aqui para tudo que precisarem”, afirmou a decana Janaína Oliveira.
“Espero que essa experiência possa nos ajudar a pavimentar um caminho para que essa agenda da inclusão e da acessibilidade se torne uma pauta permanente na formação dos profissionais da saúde”, afirmou a ministra Macaé Evaristo. “No Brasil, temos 18,6 milhões de pessoas com deficiência e muitas delas estão regularmente nas nossas Unidades Básicas de Saúde. Nossa tarefa é gigantesca, porque temos a tarefa de eliminar barreiras, de enfrentar o capacitismo e fazer valer a Constituição Federal na garantia dos direitos fundamentais a toda a população brasileira e também à população com deficiência.”
Texto: AgSUS
